Blog de Serviço Social

Cultura e Serviço Social: Uma relação cotidiana. Você sabia?

Written by Eduardo Couto | 25/ago/2017 0:21:09
Quando nós falamos de Cultura logo remetemos às Belas Artes, como se tivesse uma relação umbilical entre os dois termos. Realmente há, mas cultura é maior que arte. Na verdade poderemos fazer uma equação simples: Toda Arte é Cultura mas nem toda Cultura é Arte.

Isso significa dizer que construímos Cultura toda vez que colocamos significados não apenas utilitários e imediatistas para nossas ações e construções. Veja um exemplo: Quando uma senhora separa diversos retalhos de panos e com eles constrói fuxicos, mantas, centros de mesa e coloca nessa atividade uma intencionalidade não apenas utilitária, mas imagética também, que traga lembranças de sua infância ou projete uma possibilidade de futuro na “sua arte” está fazendo cultura.

E o Serviço Social com isso? Podemos dizer que a Cultura é uma dimensão do social, tal qual o econômico e o político. Logo todo acontecimento cultural é um acontecimento social. Ocorre que assistentes sociais que lidam com o social assim o fazem com as demandas de vida das diversas pessoas em situações complicadas de suas histórias. Como um agente potencializador de mudanças na vida das pessoas, aquela profissional que visualiza no cotidiano da pessoa que atende, da família, da comunidade possibilidades de fortalecimento desses indivíduos ou grupos, assim o faz. E possibilitando que experiências com cultura sejam mobilizadores de mudanças significativas na vida das pessoas.

Um Assistente Social, que tenha uma atitude investigativa apurada pode descobrir potencialidades culturais e investir nelas as suas ações. Ainda, pode até requerer que mais ações culturais aconteçam tais como: folguedos, rodas, contos, serestas de violas, encenações, hip-hop, rap. Também pode potencializar formações para esse grupo social.

Espera. Você está dizendo que um Assistente Social é um “agente cultural”? Sim, estou sim. E é extremamente importante que os profissionais tenham essa possibilidade de suas ações fortalecidas, busquem estratégias para que ações culturais, inclusive de “belas artes” cheguem às comunidades e grupos com quais atua. E se você conversar com algum assistente social, verá que ele ou ela já fez isso inúmeras vezes no seu exercício profissional.

Logo, se alguém pensa que ser assistente social é “chato”, sinto informar que não é não. É lidar com papéis, relatórios, dificuldades de diversas ordens. Ah, isso é sim. Mas sua ação pode trazer uma mudança incrível na vida das pessoas. Sabendo valer-se da mediação da cultura e potencializando para que essa aconteça mais junto à população o trabalho profissional será “O MAIOR ESPETÁCULO”.