Blog de Gestão Financeira

Mesmo com tamanha crise política e econômica em nosso país, com empresas e postos de trabalho ainda em clima de incerteza e instabilidade, temos um fato atualmente incontestável: o mercado financeiro voltou a reagir, trazendo de volta a expectativa de retornos positivos e substanciais a longo prazo. A prova concreta do fato aqui levantado é o próprio Índice Bovespa (IBOVESPA), indicador que representa as ações negociadas com mais intensidade na Bolsa de Valores brasileira – a B3. De janeiro a setembro de 2017, o Índice subiu significativos 24,67%, demonstrando que as perspectivas são, de fato, animadoras.

Hoje vamos falar um pouco sobre um tema que as micro e pequenas empresas, principalmente aquelas de composição familiar, tem dado pouca importância: a Governança Corporativa. Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), “Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”.

A alta competição no ambiente empresarial tem deixado às claras a lacuna representada pela falta de liderança nas organizações. Por mais que muitos profissionais queiram, fato é que a liderança não é algo que pode ser totalmente ensinado ou aprendido. Nos dizeres do celebrado escritor norte-americano Dale Carnegie, “os maiores êxitos profissionais devem-se à habilidade para dirigir as pessoas”, frase que demonstra a importância e influência que um líder apresenta sobre sua equipe.

Em ambientes de concorrência cada vez mais acirrada, as empresas precisam se diferenciar para ganharem competitividade. Seja em custos e preços, seja na produção de bens e serviços diferenciados, certo é que os processos de tomada de decisões estão cada vez mais dinâmicos. A enxurrada de informações à disposição dos executivos muda a forma como lidar com elas: antes era preciso buscar informações, hoje é preciso filtrar tudo o que vem às nossas mãos.

Desemprego, negócios fechando, política, reforma previdenciária, operação Lava-Jato, recessão. Enfim, essas são palavras ouvidas a todo instante pelos brasileiros já há dois ou três anos. Quando boas notícias surgem e vem a esperança de melhora, novidades ruins quase sempre são divulgadas, nos colocando novamente a pensar: qual caminho iremos seguir frente a tanto desgaste?

E como será que as empresas se comportam diante de todo esse quadro?

Não é necessário ser um acompanhante diário do mercado financeiro para percebermos que as ações gradualmente estão voltando a se destacar como investimento interessante.

Depois de um movimento de queda e, quando muito, de baixos ganhos nos últimos dois anos, fato é que os principais indicadores do mercado acionário estão apresentando movimentos de subida e vem animando os investidores.

Nos últimos dois anos e meio o Brasil tem experimentado momentos econômicos difíceis. Desemprego em alta, crescimento econômico reduzido (quando não negativo em determinados períodos de apuração), além de dificuldades em praticamente todos os setores de atividade.